Conhecendo Berlim – Walking Tour

Eu não sei vocês, mas uma das coisas que mais gosto sobre viajar é passar por lugares e imaginar quantas pessoas já passaram por ali. É um tipo de conexão que sinto com o passado. Gosto de imaginar como as pessoas que passaram por ali antes de mim viviam e os momentos ali vividos.

Pode soar um pouco estranho, mas consigo visualizar na minha cabeça, e me sinto parte do lugar, como se eu tivesse estado ali antes. Pra mim foi difícil não ter essa sensação de conexão com o passado quando visitei Berlim. Por várias questões, mas acredito que a principal razão é que é um lugar que estudamos na escola, a história da Segunda Guerra Mundial está em constante presença nas nossas vidas.

Seja na escola, por filmes ou livros, de uma certa maneira a história da Alemanha faz parte da minha memória. Então, acho que você consegue imaginar como foi andar por ruas tão famosas e descritas em filmes e livros, passar por lugares em que tantos momentos, decisivos e tristes, aconteceram. Pra mim Berlim é uma cidade que exala história, aonde quer que você vá.

Nossa estadia foi num hostel com cara de hotel, St Christopher’s Inn Berlim Mitte, em uma área próxima à ilha dos museus. E foi no hostel mesmo que agendamos nossa walking tour, que pra mim foi minha parte preferida da estadia em Berlim.

Relógio Mundial, Alexanderplatz  – Berlim, Alemanha

Começa a Walking Tour

Nosso guia, um alemão, chegou cedo, e por sorte era um dia bonito e relativamente fresco, sem chuva. Na porta do hostel começa nosso tour e a primeira parada é bem próxima, já que estamos do lado da Alexanderplatz e é lá que está a Berliner Fernsehturm, a maior torre da cidade. Você pode ver a torre de praticamente qualquer lugar da cidade.

Ela foi construída na época da ocupação da União Soviética depois do final da Segunda Guerra Mundial. Seria a torre uma maneira de demonstrar poder, como questionado pelo nosso guia?! Talvez sim, talvez não. Nosso tour continua pelas ruas de Berlim, passamos pela ilha dos museus, palco dos discursos de Hitler, pela universidade e a praça onde foram queimados livros, Bebelplatz.

Berliner Fernsehturm – Berlim, Alemanha
Altes Museu, palco de alguns discursos de Hitler – Berlim, Alemanha

Pelo caminho percorrido com o guia também passamos por igrejas e lugares totalmente destruídos pela guerra e que foram reconstruídos, monumentos em homenagem às vidas perdidas pela guerra e muito mais. Num desses monumentos uma mensagem que me marcou muito dizia: “não há vencedores em uma guerra”.

Checkpoint e o Bunker

Seguimos em direção ao Checkpoint Charlie, que tem as fotos dos últimos soldados que estiveram no posto antes da queda do muro. Uma coisa que me chamou muito atenção é a presença de um Mcdonalds a poucos metros do que era o posto de fiscalização da Alemanha Ocidental. Não sei bem o porquê, afinal tem Mcdonalds espalhados em outros lugares da cidade. De qualquer maneira é uma coisa que capturou minha atenção durante a visita.

McDonald’s Charlie Checkpoint – Berlim, Alemanha

Até aqui já vimos muita coisa, mas o tour continua e passamos por lugares que foram escritórios do regime nazista, pelo que restou do muro em uma parte de Berlim e pelo local do famoso bunker que Hitler se escondeu.

O bunker não existe mais e é hoje ocupado por um bloco de prédios residenciais. Não há nenhuma placa ou qualquer tipo de identificação.

De acordo com o guia o governo preferiu destruir o famoso bunker e não colocar identificação pra evitar os fanáticos.

Ultima Parada

Seguimos rumo à nossa última parada, o Palácio de Reichstag, o parlamento alemão. O guia nos conta sobre a história do incêndio e sobre a única vez em que não tinha uma bandeira no topo do parlamento.

Ele no conta também sua interpretação quanto à bandeira no topo do parlamento. Para ele, a bandeira acima do parlamento é pra lembrar que o povo está acima dos governantes.

Mostrando que quem manda é o povo, e não o contrário. Para ele, o fato de a bandeira não estar hasteada acima do parlamento significa que o povo perdeu poder.

Achei uma interpretação interessante e bem real se você parar pra pensar. De qualquer jeito esse foi a parada final do nosso tour.


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Além Da Walking Tour

Mas a nossa viagem não parou por ali. Berlin tem muitas outras coisas pra visitar. Na nossa estadia passamos por feiras de rua charmosas, pela catedral Berliner Dom, pelo portão de Brandenburg, e muito mais.

Não poderia deixar de mencionar a East Side Gallery, que é uma das partes restante do muro que foi transformada em galeria a céu aberto e vale muito a pena conferir. A vibe do lugar é bem legal, e a área é bem charmosa, próximo ao rio.

East Side Gallery, Muro de Berlin – Berlim, Alemanha
East Side Gallery, Muro de Berlim – tradução: “Muitas pessoas pequenas em lugares pequenos fazem muitas coisas pequenas que pode alterar o mundo.” – Berlim, Alemanha

Outro lugar também que não posso deixar de mencionar é o Memorial ao Judeus Mortos na Europa, ou Memorial do Holocausto, e seu museu. Um lugar de reflexão e de dor, mas que acredito ser necessário pra que a história não se repita.

Um lugar com uma vibração sombria e carregada, afinal relembra milhares de mortes. Então, caso visite o lugar, seja respeitoso, e não fique subindo no monumento pra fazer fotos se noção.

Memorial do Holocausto – Berlim, Alemanha

Berlim é uma cidade fácil de se locomover, o transporte público é excelente. Uma cidade que procura se manter cosmopolita sem esquecer o passado sombrio. Um lugar que acomoda todas as tribos, que não tolera a intolerância.

A capital da Alemanha é muito mais que museus, monumentos e lembranças de tempos passados, é uma cidade viva. Então aproveite também os bares, clubs, restaurantes e parques de Berlin. Tenho certeza que não irá se arrepender se decidir colocar Berlin no seu roteiro de viagens.

Sobre o sol da Toscana

Itália, um lugar em que as pessoas falam com as mãos, sobrevivem à base de pizza e macarrão, e tomam vinho como se fosse água. Não é bem assim né, brincadeiras à parte, com certeza a melhor pizza que já comi.

Não cheguei a visitar várias regiões na Itália, mas com certeza está na lista pois ainda não visitei Roma, Veneza ou as belas praias do sul. No entanto, tive o prazer de visitar a Toscana e Milão. Nesse post irei me concentrar na minha estadia na Toscana.

Onde ficamos

Passei cerca de uma semana na região, e foram dias de sombra e água fresca, inesquecíveis. Fomos em um grupo bem numeroso e ficamos hospedados em uma vinícola, Tenuta Moriano. O lugar é perfeito pra um grupo grande. O espaço dispõe de piscina, campo de futebol, área de jogos, churrasqueiras, e é dividido em diferentes moradias. Na casa principal fica uma ampla cozinha e uma área de convivência.

Casa principal, Tenuta Moriano – Toscana, Itália
Área de lazer, Tenuta Moriano – Toscana, Itália

Os dormitórios com banheiros privativos ficam espalhados por diferentes moradias na propriedade. Além disso, a vista da tenuta é simplesmente estupenda, com um pôr do sol digno de ser admirado, fora o vinho que é oferecido aos hóspedes, perfeita combinação.

O local em si, já conta com tudo pra descansar e aproveitar um tempo entre amigos, férias perfeitas. Mas não dá pra vir à Toscana e não explorar a região.

Pôr do sol da Tenuta Moriano – Toscana, Itália

Visitando cidades e vilas

A região é recheada de pequenas vilas, com adoráveis restaurantes e arquitetura medieval. Não deixe de experimentar a pizza e o vinho da região, sei que parece clichê mas vale a pena.

É na Toscana que você encontra San Gimignano, uma vila murada como na época medieval. San Gimignano é uma vila bem charmosa com suas ruas de pedras, pequenas ruelas que parecem esconder segredos, igrejas, uma praça ampla com um poço no meio, residências de arquitetura antiga e tudo que se pode esperar de uma vila medieval na Itália.

A vila conta com várias lojinhas, bares, restaurantes e claro, sorveterias com o famoso gelato italiano que você com certeza não pode deixar de experimentar. Além disso, você encontra um museu bem peculiar, o museu da tortura, e uma vista maravilhosa por cima das muralhas da cidade, imperdível. Uma parada obrigatória com certeza.

Praça Central – San Gimignano, Itália
Museu da Tortura- San Gimignano, Itália


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Firenze e o Pinóquio

Na sua visita à Toscana não pode faltar a capital da região, Firenze. A capital também conta com uma parte murada tão charmosa quanto a de San Gimignano, com ruas charmosas, sua majestosa catedral, sua praça rodeada de bares e restaurantes, suas lojas de souvenirs, e bonecos de Pinóquio espalhados por todo lugar.

Exatamente isso, é possível encontrar uma réplica do famoso boneco em todo lugar que se olha. Não só nas lojas de souvenirs, mas na porta de restaurantes e bares, literalmente é Pinóquio pra todo lado.

Quando visitei Firenze eu não tinha o conhecimento, mas depois fiquei curiosa pra saber e descobri que o criador de Pinóquio é de Firenze, o que explica a obsessão.

Firenze, Itália
Firenze, Itália

 Não é só oliveiras e plantação de uvas, vilas medievais e restaurantes charmosos que a Toscana vive, tem mar também. Praias de mar calmo, areias fina e branca, águas cristalina e sem ondas, parece mais uma piscina.

Como dá pra perceber se você ainda não visitou essa região na Itália, ela com certeza tem que estar na sua lista de lugares a serem visitados. O sol, o vinho e suas maravilhas são simplesmente imperdíveis.

Eu, muito feliz, com a minha pizza individual, tamanho família. – Toscana, Itália

P.S: nossa viagem foi um grupo grande, no final do mês de Setembro quando o calor já não é mais insuportável e não há tantos turistas.

A Tenuta que ficamos fica próximo à Montespertoli, mais afastada da vila e, portanto, fazia se necessário o uso de um carro.

Aconselho alugar um carro e explorar a região dessa maneira, muitas vilas e cidadezinhas próximas umas às outras e ter um carro facilitará sua vida.